Se você trabalha com soldagem de aço P-91, atenção: o uso inadequado de resistências elétricas pode comprometer gravemente a integridade das suas soldas. Neste post, vamos mostrar alguns erros fatais associados ao uso de resistências elétricas senoidais e por que essa prática é tão perigosa.
Aprenda como escolher a resistência elétrica correta e garantir a qualidade e segurança do seu trabalho, seguindo as normas internacionais e as melhores práticas do setor. Não deixe que um simples erro arruíne seu projeto - continue lendo para saber mais!

O que é o aço P-91 e por que o tratamento térmico é crucial
O aço P-91, contendo 9% de cromo e 1% de molibdênio é amplamente utilizado em aplicações industriais onde se requer resistência mecânica em trabalhos em alta temperatura, como tubulações de Power piping e caldeiras.
O P-91 exige um tratamento térmico rigoroso, especialmente durante o pré-aquecimento e o tratamento térmico de alívio de tensões (PWHT). Seguir as normas da ASME B31.1, ASME B31.3, ASME B31.P, ASME I e ASME VIII, AWS D10.10/D10.10M é essencial para garantir a integridade estrutural e a vida útil das soldas e equipamentos.
Problemas das resistências senoidais no tratamento térmico
As resistências senoidais não são aceitas por órgãos internacionais como a AWS (American Welding Society) e a ASME (American Society of Mechanical Engineers).
A principal desvantagem dessas resistências é a distribuição desigual de calor, resultante de sua construção com espaços entre as senoides. Isso causa pontos frios e quentes, comprometendo a uniformidade térmica necessária uma vez que gera tensões térmicas elevadas e inadequadas.
Pontos frios e quentes
A presença de pontos frios e quentes na peça de trabalho pode resultar em tensões internas elevadas e falhas estruturais. Pontos frios podem impedir o alívio adequado de tensões, enquanto pontos quentes podem causar superaquecimento localizado, prejudicando a microestrutura do aço P-91. Este problema é especialmente crítico em todos os tratamentos térmicos localizados, onde a uniformidade do aquecimento é vital.
Falta de uniformidade térmica
Conforme a norma AWS D10.10/D10.10M e ASME B31.P, a uniformidade térmica durante o pré-aquecimento e o tratamento térmico de alívio de tensões (TTAT/PWHT) é crucial. As resistências senoidais não atendem a esses requisitos, o que pode comprometer a integridade da solda. A ASME B31.1, B31.3, ASME I e ASME VIII também enfatiza a importância de um aquecimento homogêneo, recomendando o uso de resistências que garantam essa uniformidade.
A solução: Resistências esteiras flexíveis (FCP)
Para evitar os problemas associados às resistências senoidais, a utilização de resistências do tipo esteira flexível (FCP - Flexible Ceramic Pad Heaters) é obrigatória. Estas resistências proporcionam um aquecimento homogêneo, eliminando pontos frios e quentes, e são aprovadas por normas internacionais. As esteiras flexíveis garantem um controle preciso da temperatura, essencial para um tratamento térmico eficaz no aço P-91.
Controle de Temperatura e Monitoramento eficaz
Para garantir o sucesso do tratamento térmico, é essencial um controle rigoroso da temperatura, monitorado por termopares. As especificações exigem que a quantidade de calor fornecida pelas resistências elétricas seja precisa, assegurando que a junta soldada e as áreas afetadas termicamente atinjam o relaxamento necessário e a estrutura metalúrgica desejada.
O monitoramento correto garante a distribuição correta das tensões e previne falhas catastróficas que podem surgir durante a fabricação ou a operação do equipamento.
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Conclusão
O uso inadequado de resistências elétricas do tipo senoidais para o tratamento térmico do aço P-91, além de ser uma violação normativa, pode levar a falhas estruturais devido à distribuição desigual de calor. Portanto, seguir as normas internacionais e optar por resistências esteiras flexíveis é crucial para garantir a qualidade e segurança das soldas e dos componentes industriais.
Adotar as melhores práticas de tratamento térmico não só assegura a conformidade com os requisitos de projeto, mas também aumenta a vida útil e a confiabilidade das estruturas em serviço.
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